Não se explica o estilhaçar dilacerado de almas
Neste espaço sombrio onde as feras
Se aglomeram rasgando a presa
Cegos cabisbaixos somos comidos
Atrofiamos deslizando acorrentados
Desenganados na nossa pequenez
Criamos espaços onde a degradação tem poder
Feita de faiscantes pigmentos
De guerrilhas paranoias e armadilhas
Que só a alguns medíocres de alma satisfaz
Manchas de irracionalidade de autodestruição
Alastram-se contaminando os seres
Autómatos programados alienados e desgraçados
Sem amor sem perceção
Sem consciência dos contratempos
Pontos reunidos de vírus que se alastram
Multiplicam o estado demoníaco de malvadez
Provocando divisão desunião
Carnificina e tormentos
Levando as criaturas sem ação
À postura de aceitação
Vestidos de medos e do manto obscuro da estupidez
Permanecendo o Homem cada vez mais afastado da
libertação
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