Não sei porque continuo robótica e em jeito de marioneta
Passo adiante qual engenho em teimosia de coragem
Esbofeteando a inanição proibindo-me de tombar neste
barco
Que balança desnorteado sobre onda revoltada
E me provoca a palidez dos que se ausentaram
De um corpo cápsula que já não serve para nada
Este absurdo sem rumo com que me cubro
Tem a cor do calabouço da luta do tormento
Esta luz peçonhenta queima-me a pele ressequida
Por oxidações incongruentes num acontecer sem medida
De quem só subsiste anulando-se em tonturas
Que me cerram os olhos e turvam o olhar cansado
Pelo esgotamento e fraqueza
De um coração que abraça alheias loucuras
Engulo a saliva em desmaio abrupto e cuspo agonia
Mascarada de dúbia fantasia
Onde palhaços esvoaçam pintados de sorrisos
Em mímicas provocações de alegria
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