No
circo da palhaçada amestrada
Em
que ninguém é o que ostenta na venta
Entra
o chefe que premeia a sedutora aparência
Da
rainha prateada do gel do silicone do tacão alto
Que
corre o risco de ficar retido no empedrado da calçada
Aplaudem
os loucos a superficialidade dos faladores
Onde
cintila sempre uma bruxa má e uma fada madrinha
Rodando
nas pás de uma âncora enferrujada
Onde
permanece um barco prisioneiro do tempo
Encalhado
no areal negro imenso sem par
Onde
as medusas vêm desfalecer e de novo singrar
Aglomeram-se
os tarecos cacos velhos empoeirados
Os
carros as casas as ilhas os campos de futebol as arenas
E
as poeiras radioativas aguardam a chegada
Atabalhoada
e faminta das algozes hienas
E
nesta consumição tresloucada
Ignoram
os príncipes empedrados
Que
a posse é fugidia
E
em contra mão é capaz de paralisia
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