Caminha
comigo uma dúvida disfarçada de palacete
Onde
ficaram gravados os risos e os choros dos homens
Suspensos
pelos deveres amarrados aos negócios
Onde
a justiça tem infinitas faces
Deixo-me
crucificar pelas obrigações impostas
E
experimento em mim o aperto dos grilhões das algemas
Devo
ter-me afogado algures num tempo passado
Porque
o sufoco é gigante
E
a água mesmo sagrada invade-me os pulmões
Amorteço
a queda dos instintos
E
sinto o esquartejar da espada paralisante
Excluo
da memória a desordem
O
ruído infernal do baralho de cartas do bem e do mal
Do
credor e devedor
E
o espírito analítico cansado
Afasta
para longe o pessimismo a derrota a subjugação
E
a lamúria pestilenta do mal-amado
Destapo
a panela das curiosidades
E
deparo-me com a panóplia eterna no mundo humano
De
caldos ácidos e ferventes de crueldades
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